Segundo Iyengar, a maioria das pessoas ao se alongar, simplesmente se estica até o ponto que deseja alcançar.

Automaticamente me lembrei do Padangusthasana .

Quando realizamos esta postura, queremos de qualquer forma, segurar os dedões dos pés, não é mesmo?

Segundo ele, esquecemos de nos estender e expandir a partir do ponto onde se está.  A extensão deve produzir sensibilidade e a sensação de criar espaços em todas as direções.

A hiperextensão ocorre, quando se perde contato com o centro, com o núcleo divino. O ego quer simplesmente esticar-se para poder alcançar aos mãos no chão em vez de alongar-se gradualmente desde o centro. Ele completa dizendo que, cada movimento deve ser uma arte ,da qual o Eu é o único espectador. o importantes é manter a  atenção dentro, não fora, sem se preocupar com o que os outros vêem, mais sim com o que o Eu vê.

“Não se fixe em quanto gostaria de se alongar mas em alongar-se corretamente.Mantenha o foco não em onde quer chegar mais até onde pode ir com a extensão dinâmica.”

A extensão não deve ser nem demais e nem de menos. Se uma coisa se estica demais, outra se estica de menos.

Se a hiperextensão vem de um ego inflado, a extensão insuficiente vem da falta de confiança. Ambas estão erradas.

Alongue-se sempre a partir da fonte, do centro, do fundamento de cada asana. Essa é a arte da extensão dinâmica.

Não é o yoga que causa lesões; é o jeito de prática-lo que as provoca.
Se o espaço momentâneo se torna estreito, significa que você está se machucando.

No asana correto não há estreiteza. Mesmo que o seu corpo esteja retesado, você precisa criar espaço.

A propósito, deixo aqui registrado o passo a passo na íntegra de como executar o Padangusthasana

Pada significa pé. Angustha é o dedão do pé. Está postura é feita estando de pé e segurando os dedões.

  1. Fique de pé em tadasana . Afaste as pernas cerca de 30 centímetros.
  2. Expire incline-se para frente e segure os dedões dos pés entre o polegar e o dedo indicador e médio de modo que as palmas das mãos fiquem de frente uma para outra. Segure-os firmemente (foto 43).
  3. Mantenha a cabeça erguida, alongue o diafragma em direção ao tórax e deixe as costas o mais côncavas possível. Em vez de esticar-se para baixo a partir dos ombros flexione à frente a partir da região pélvica a fim de obter a concavidade das costas desde o cóccix.
  4. Mantenha as pernas rijas sem perder a firmeza nos joelhos e nos deões dos pés. Alongue também escápulas. Faça uma ou duas respirações nesta posição.
  5. Agora expire e traga a cabeça entre os joelhos firmando os joelhos e puxando os dedões sem tirá-los do chão (foto 44). Permaneça nesta postura por cerca de 20 segundos respirando normalmente.
  6. Inspire vá para a posição do item 2 (foto 43) solte os dedões dos pés e eleve-se. Retorne para tadasana.

 

Os órgãos abdominais são tonificados e as secreções digestivas aumentam enquanto fígado e o baço são ativados.

Pessoas que sofrem de sensação de inchaço no abdômen ou de problemas gástricos obterão benefícios com a prática desta postura.

Inclua essa postura em suas práticas,

Bons estudos,

Namastê.

Adri Borges.

Bibliografia utilizada:

Luz sobre o Yoga B.K.S.Iyengar

Luz na Vida B.K.S.Iyengar