Como experimentamos a vida?

Qual é o grau de satisfação das nossas experiências cotidianas?

Passamos parte do tempo produzindo, trabalhando ou estudando. Desde 2020, por conta da pandemia muitos de nós, experienciamos o cuidar da casa, da própria alimentação e o cuidado dos entes queridos. A socialização passou a ser através das mídias sociais.

Como você pretende traçar seu cenário à partir de hoje? Te faço um convite para uma breve reflexão sobre o tempo.

Muitas vezes, perdemos tempo pensando sobre o que comer. É mais conveniente assistirmos um filme, corrermos no parque ou iniciarmos a leitura de um livro? Enquanto decidimos, já se foram 40 minutos olhando para a tela do celular entre o Instagram e os grupos de WhatsApp.

Em meio a um panorama repleto de opções, passamos parte do nosso tempo decidindo o que fazer. Muitas das nossas escolhas são tomadas mesmo que inconscientemente por conta do excesso de informações que consumimos, tendências ou por conta da ancestralidade que ainda habita em nós.

Quando nossas escolhas estão alinhadas aos nossos propósitos e intenções, e não aos prazeres emergenciais, ficamos mais satisfeitos.

O repleto número de opções, gera conflitos internos, afetando assim nosso grau de satisfação com as escolhas. Nossas escolhas hoje, refletirão no bem estar e na nossa qualidade de vida a longo prazo.

Construir uma vida que valha a pena ser vivida pode levar tempo. É preciso repensar hábitos e se conectar ao que se está fazendo hoje. O que você faz hoje, vai te levar para onde você deseja estar. São tomadas conscientes de decisão. É tão desafiador quanto para uma criança que começa, a falar ou escrever. Não é fácil mas é necessário esforço e envolvimento.

Vivemos em um momento onde se pode tudo, mas nem tudo nos convém. Durante nossos estados de impermanência, as dificuldades em fazer escolhas, aparecem. É necessário alinhar a consciência aos atos. Ressignificar o que se está fazendo para não gerar culpas ou arrependimentos. É necessário firmeza no posicionamento interno.

Será que existe um guia de como saber fazer as melhores escolhas? Nossas escolhas estão voltadas para o coletivo ou para o bem pessoal?

A pandemia nos mostrou a importância da responsabilidade ativa pelo mundo à nossa volta. O que fazemos, pensamos ou sentimos, geram impacto global. É como pensar sobre o efeito e o poder de uma oração.

A reflexão sobre a gestão do tempo também apareceu à medida que perdemos entes queridos. Passamos a dar mais valor ao que nos resta. Entendemos da pior maneira possível o que realmente importa.

O que fazer agora com o tempo que nos resta?

Para a construção de uma rotina de trabalho e estudos, lazer ativo, e bons hábitos é necessário um olhar interno aguçado. Baseado na minha experiência me observando ora caindo ora me levantando, um dos ingredientes necessários são o envolvimento, o tempo, o esforço e a paciência.

É como já diria Cortella, porque fazemos o que fazemos?

Não é sobre realizar um check list de tarefas, e sim sobre estar consciente. As metas devem ser traçadas, mas se não houver um minimo grau de envolvimento, de nada adianta uma meta cumprida.

A vida é também o espaço entre o fazer e a meta final.

Compartilho com vocês, o que aprendi com minha mãe, sobre fazer escolhas …

 Faça hoje não deixe para amanhã! Faça o que tem que ser feito!

 

Não espere a melhor condição ou o momento ideal. Realize com envolvimento independente de qual seja a tarefa.

Vai levar um certo tempo para ficar gostoso, mas te garanto que valerá a pena.

É como quando iniciamos em Urdhva Dhanurasana e posturas de flexões para trás.

Na dúvida entre uma escolha ou outra, escolha o que irá impactar de forma positiva o maior número de pessoas.

Feliz VIDA para todos nós.

Namastê! – Adri Borges.

Loka Samastah Sukhino Bhavantu “Que todos os seres sejam felizes”  “Que todos os seres sejam felizes e que meus pensamentos, palavras e atos contribuam para a felicidade de todos os seres.”